Em recente visita à República Dominicana, pude circular pela Zona Colonial de Santo Domingo, a parte mais histórica da capital dominicana e que remete à época do descobrimento da América por Cristóvão Colombo, em 1492.Não por acaso é considerada Patrimônio Mundial da Humanidade pela Unesco, dado o conjunto de obras preservadas e protegidas, por sua importância incontestável na formação inicial deste país do novo continente.
A dica é se perder pelas ruas ladeadas de antigas e históricas construções, parte delas ainda limitada pela muralha que se destaca visualmente, já que, fundada em 1498, foi uma cidade fortificada, ratificando o poder espanhol na região. Ela delimita esta região tão atraente quanto importante, tanto do ponto de vista histórico quanto turístico e cultural.
Ao longo de caminhadas há que se perder no tempo, pois a cada rua, cada esquina, cada praça, há algo para se deter e admirar, mirando os contrastes entre presenças herdadas do século XV e restaurantes charmosos que habitam este mesmo espaço recheado de histórias, lendas e mistérios.
Impérios coloniais; exploradores e claro, piratas, passaram a cobiçar as riquezas potenciais que o Novo Mundo prometia, em meio às águas quentes e cristalinas do Caribe.
Estudar; descobrir ou simplesmente “turistar” por suas vias propicia surpresas e, sem dúvida, encanta todo aquele que permite que este lugar tão especial revele o qual encantador é, não somente na primeira visita, mas que convida a retornar e explorá-lo mais profundamente e se deixar seduzir por sua geografia; arquitetura e claro, sua gente.
Chamo a atenção para duas atrações importantes desta parte da cidade:
MAR – Museo Naval de las Atarazanas Reales

O MAR – Museu Naval dos Estaleiros Reais é uma das principais atrações da Cidade Colonial. Fica junto a uma parte da muralha e seu acervo fica justamente onde eram os antigos estaleiros.
A coleção de itens é enorme, retratando, através de mapas; guias; maquetes e incontáveis objetos preservados; recuperados e obtidos do fundo do mar, a riquíssima história que cerca a Isla Hispaniola, berço do descobrimento de Colombo.
Artefatos navais e marítimos, bem com pinturas, fornecem ao visitante informações valiosíssimas sobre a trajetória de iniciativas; investimentos e por que não dizer, também de aventuras, numa terra ainda a ser desvendada e que propiciou o primeiro encontro entre europeus e os nativos americanos.
O museu não é apenas um local de exposição. Mais do que isto, é um centro de pesquisa e restauração de arqueologia do patrimônio subaquático das águas da República Dominicana.
Palestras; exposições; eventos educativos e excursões fazem parte das atividades de um órgão que estuda e divulga a história de forma dinâmica!
Referência histórica e religiosa, este templo foi erigido pela primeira vez em 1512 e, desde então, foi sendo trabalhado e incrementado com mais obras e ornamentos, além de ser a primeira igreja gótica das Américas!
Com três entradas, sendo a principal voltada à Plaza Mayor, ostenta três naves com abóbadas cruzadas do período gótico tardio. Quatorze capelas estão nas laterais; há uma capela-mor e dois altares
Com uma visita mais detalhada pode-se se ter uma ampla noção dos inúmeros simbolismos, alguns explícitos, outros nem tanto, implícitos entre colunas e demais relevos do templo.
Chegou a abrigar os restos mortais de Cristóvão Colombo, os quais foram posteriormente transferidos, em 1992, quando do quinto centenário do descobrimento, para outro local em Santo Domingo. Entretanto, alguns de seus familiares ainda permanecem numa cripta subterrânea.
(Este conteúdo contou com o
apoio da Arajet, que voa de São Paulo a Santo Domingo)